Cobre
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Cu
Cobre
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Amostra de cobre. |
O cobre é um dos poucos
metais que ocorrem na natureza em estado puro. Na antiguidade era
considerado precioso, embora de menor valor que o ouro e a prata. A
simplicidade de seu tratamento metalúrgico permitiu uma produção
elevada já antes do quarto milênio anterior à era cristã. Desde
então, sofreu progressivas desvalorizações, até que a telefonia e a
eletricidade restabelecessem seu consumo, no início do século XX.
Propriedades físicas
e químicas:
O cobre é um
elemento químico metálico, vermelho-amarelado, de símbolo Cu (do
latim cuprum),
tem densidade 8,9 e funde-se a 1.084º C.
Possui dois isótopos estáveis, de massa 63 e 65, e nove radioativos,
de massa, 58, 59, 60, 61, 62, 64, 66, 67 e 68. Cristaliza no sistema
cúbico e não possui formas alotrópicas.
Apresenta-se em
compostos estáveis de valência 1 (cuprosos) e 2 (cúpricos). Não é
atacado pelo ar seco, mas em ar úmido que contenha dióxido de
carbono forma-se uma camada protetora esverdeada de carbonato básico
(azinhavre). Dissolve-se bem no ácido nítrico, mas não é atacado a
frio pelos ácidos clorídrico e sulfúrico; a quente, produz com esses
ácidos, respectivamente: cloreto cuproso e sulfato de cobre. O cobre
forma dois óxidos: óxido cuproso (Cu2O), e óxido cúprico
(CuO).
Ao ar,
recobre-se de uma camada de carbonato básico. o azinhavre. Como esse
corpo é tóxico, os utensílios de cobre usados na cozinha devem ser
estanhados ou mantidos limpos. O cobre é facilmente atacado pelo
ácido nítrico. Como esse corpo é tóxico, os utensílios de cobre
usados na cozinha devem ser estanhados ou mantidos limpos. O cobre é
facilmente atacado pelo ácido nítrico.
À exceção da prata, é o
metal que melhor conduz eletricidade. Destaca-se também por sua
elevada condutividade térmica, o que faz com que, devido a sua
resistência à deformação e à ruptura, ele seja matéria-prima
preferencial para a fabricação de cabos, fios e lâminas. É também
maleável e dúctil, pois pode ser estirado sem quebrar. Por meio de
tratamentos metálicos, como a laminação e o chapeamento, pode-se
aumentar sua dureza.
Entre
os compostos cuprosos, nos quais o cobre é univalente,
citem-se o óxido Cu2O, vermelho, que serve para colorir
vidros, e cloreto CuCl, cuja solução no amoníaco é reativo do
acetileno. Entre os compostos cúpricos, mais importantes, nos
quais o metal é divalente, citem-se o óxido CuO, negro, que serve
para colorir vidros de verde, e o sulfato CuSO4, azul,
empregado na eletrometalurgia, em galvanoplastia, em pintura e em
agricultura (caldas bordalesas, para a vinha).
Obtenção:
Descoberto no
período
neolítico, por volta de 8000 a.C., o cobre tem certa de noventa por
cento das reservas mundiais localizadas em quatro regiões: (1)
vertente ocidental dos Andes (Chile e Peru); (2) montanhas Rochosas
e área dos grandes lagos, nos Estados Unidos; (3) planalto central
africano (Zaire e Zâmbia); (4) escudo pré-cambriano do centro da
América do Norte (Canadá e estado do Michigan, Estados Unidos).
Entre as minas destacam-se as de sulfetos (pirita e calcopirita), de
óxidos (cuprita e melaconita) e de carbonatos (malaquita).
Os
minérios de cobre aparecem misturados com diversos tipos de
materiais rochosos sem valor comercial, a ganga, da qual devem ser
separados. Para isso, são submetidos inicialmente a um processo de
moagem e pulverização. Em seguida, de acordo com o tipo de minério,
aplicam-se diferentes processos de contração do material.
Embora
existente em numerosos minérios oxidados ou sulfurados, é a partir
da calcopirita CuFeS2
que o cobre é extraído. Operações de refinação, seja térmica, seja
eletrolítica, permitem atingir uma pureza corrente superior a 99%. O
cobre é utilizado na produção de 80% em estado puro ou fracamente
ligado (menos de 1% de elementos) — em virtude de sua elevada
condutibilidade elétrica e térmica, de sua boa resistência a certas
corrosões e de sua facibilidade de moldagem e junção — na construção
elétrica (motores, material), no transporte de eletricidade (cabos,
barras, condutores), na construção (cenalizações), na fabricação de
automóveis e de eletrodomésticos.
No caso
mais comum, que é dos sulfetos, o método empregado é a flotação, que
consiste em verter o mineral moído sobre água com resina de creosoto
e um agente químico orgânico. Uma vez concentrado o metal,
elimina-se o enxofre, por ustulação num forno, de onde esse elemento
desaparece parcialmente em forma de gás. Acrescenta-se em seguida
minério de ferro para formar escória com as impurezas.
É
também possível processar a fusão do cobre mediante a adição de
quantidades adequadas de cal. Com isso forma-se a chamada nata de
cobre, que em estado líquido transita para um conversor; neste, o
ferro e o enxofre que acompanham se oxidam, dando lugar ao cobre
blister que, quando depositado e solidificado, apresenta
superfície empolada, cor preta e um teor de impurezas da ordem de
dois por cento. O blister é refinado, em seguida, para
eliminar essas impurezas. Por fim, procede-se à decomposição por
passagem de corrente elétrica, ou eletrólise de grandes blocos de
cobre blister e recolhe-se o elemento quimicamente puro no
cátodo (pólo negativo). No leito eletrolítico aparecem ouro e prata
como subprodutos.
Aplicações:
Emprega-se cobre principalmente na transmissão elétrica e na
telefonia. Suas propriedades elétricas são melhor aproveitadas
quando é empregado em estado puro, mas as propriedades mecânicas e a
inalterabilidade são melhores nas ligas com zinco, estanho, chumbo,
níquel, etc.
As
numerosas ligas de cobre são utilizadas na maioria das indústrias,
em conseqüência da sua variedade de suas propriedades: os latões
(ligas de cobre e zinco), que é uma das principais ligas de cobre,
são moldados e trabalhados facilmente (barras, perfilados,
laminados); os bronzes (ligas de cobre e estanho) têm
interessantes qualidades de fundição, associadas a suas
características mecânicas de atrito (fundições, peças mecânicas); os
cuproalumínios assim como os cuproníqueis resistem bem
à oxidação e a certos agentes corrosivos. Aplicações particulares
são também reservadas às ligas monel, argentão e outras cuproligas
(cromo, manganês, berílio, silício). O bronze, uma das principais
ligas conhecidas, compõe-se de cobre e estanho.